As melhores cervejas de 2019, as tendências para o ano que acabou de começar, os top x e y… tudo isso já vimos e veremos mais um tanto nessa doideira de listas e rankings e retrospectivas.
Por falta de tempo, de paciência ou de talento, o Siga o Copo não se dedicou a nada disso, mas tem um apelo especial para 2020 – baseado em experiências, revoltas e encheções de 2019.
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Em 2020…
… não coloque água no chope dos outros…
Não foram poucas as análises sensoriais não solicitadas de especialistas (diplomados ou pretensos) botando o colega bebedor para baixo. Limitar a opinião e contagem de defeitos a concursos, papos nerds de bar ou feedback SOLICITADO faz bem para coração, alma e copo.
… não seja sommelier de geladeira e conta de bar alheia…
Se você tem grana e fígado para provar somente os néctares dos deuses cervejeiros, bom para você. Se seu paladar só tolera premiadas e raríssimas amostras cervejeiras dos lugares mais longínquos, azar o seu.
Cá entre nós, nada mais bacana que se contentar com uma cerveja boa e barata no dia a dia e guardar aquela comprada com suor para ocasiões especiais. (E nada mais mala que o “cervejeiro-ostentação”).
… não rebaixe o mainstream ou caia na lábia artesanal (e vice e versa)…
O mercado cervejeiro tem politicagem, competição desleal e propaganda enganosa? Sim. Somente entre as grandes empresas? Santa inocência, empresário desonesto tem da vendinha da esquina ao hipermercado.
A conta é escala x qualidade? Outro erro: micro pode fazer cerveja medonha, giga pode fazer cerveja com alma. Entre coxas e punks, há muito menos diferença que muita gente percebe (ou quer enxergar).
Quem decide o que vale no copo? Quem bebe.
…não espalhe fake news…
Isso vale para tudo, mas enfim. Não são poucas as lendas cervejeiras que reverberam em tempos de redes sociais, em perfis de milhares de seguidores e parco conhecimento, estudo e trabalho.
Colocam repolho na cerveja? A água de Agudos é diferente? Patentearam o nome Helles para ninguém mais reproduzir o clássico alemão? (opa, essa parece mentira e felizmente, deixou de ser verdade).
Para isso, dê uns bons googles, vai estudar ou consulte seu blogueiro/jornalista de confiança (olar) para vasculhar o que puder para responder à sua dúvida.
Espalhar cultura cervejeira às vezes é uma questão de não jogar merda no ventilador.
… vai atrás daquela cerveja especial…
Ainda que seja repetida, ainda que digam que em seu país de origem ela é considerada a mais vagabunda, ainda que um alemão te dê uma bronca em nome da Lei na Pureza… beba o que tu queres – há de ser tudo da lei (no Brasil, para maiores de 18, peloamor).
No caso da autora deste blog, os desejos realizados foram duas garrafinhas de Berliner Kindl Weisse direto de Berlim espremidas na mala (que se encaixam nas três situações descritas no parágrafo anterior), uma Augustiner Dunkel provada pelo segundo ano seguido direto da fonte (beijo, Munique) e uma Vienna Lager bem normalzinha (que pode parecer bem sem graça perto das super alcoólicas do inverno europeu, mas que vai morar no <3 pra sempre).
Agora bem clichê: são 365 novas chances do mundo cervejeiro ser mais legal, menos mala e mais apaixonante. Aproveitem.
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