quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

O comércio internacional é bom

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Os mercados livres estão em constante mudança, com empresas abrindo, fechando, crescendo ou encolhendo

Nos dias atuais, o comércio internacional carrega uma má reputação, sendo responsabilizado por enormes perdas de empregos e drenagem de riqueza dos EUA. Conversa furada: o comércio internacional gera muito mais recursos e empregos do que destrói.

Os mercados livres estão em constante mudança, com empresas abrindo, fechando, crescendo ou encolhendo. Novas tecnologias subvertem as formas existentes de fazer as coisas. A rotatividade no mercado de trabalho é enorme, com literalmente milhões de empregos sendo extintos e outros milhões sendo gerados em um ano típico. O setor ferroviário, por exemplo, era um dos maiores empregadores dos EUA após a 2ª Guerra Mundial, com mais de 1,4 milhão de trabalhadores. Hoje, o total é de cerca de 170 mil. No final da década de 1940, havia 350 mil telefonistas. Os equipamentos de comutação automática exterminaram esses empregos. O mesmo vale para os datilógrafos nos escritórios, antes onipresentes. No entanto, ao mesmo tempo, o número de empregos gerados cresceu e os salários aumentaram.

Contudo, por razões emocionais bastante compreensíveis, quando as empresas fecham ou reduzem o número de unidades aqui e montam unidades similares em um país estrangeiro, o efeito político pode ser intenso. “Desertores”, resmungou o candidato presidencial democrata John Kerry em 2004. O setor têxtil dos EUA empregava centenas de milhares de pessoas no início do século 20, principalmente na Nova Inglaterra. Aí esses empregos foram para os estados do sul. A amargura nas regiões que passaram por fechamentos de fábricas era real, mas ninguém pediu para punir as empresas que se mudaram, já que elas permaneciam dentro das fronteiras da nossa nação. No entanto, após a 2ª Guerra Mundial, quando esses empregos começaram a migrar para o exterior, principalmente para a Ásia, a questão das importações de têxteis para os EUA tornou-se uma questão comercial acalorada.

Para evitar uma tempestade política, programas de “ajuste comercial” para “trabalhadores deslocados” foram instituídos, cotas ocasionais de importação foram atribuídas a produtos politicamente sensíveis e, de vez em quando, uma tarifa temporária era imposta, em particular sobre itens envolvidos na prática de “dumping” – ou seja, vendidos aqui a preços abaixo do custo de fabricação. A tendência para um comércio mais livre, porém, era dominante.

As cadeias de suprimentos ficaram mais complexas, principalmente com a criação dos navios porta-contêineres, que reduziram radicalmente os custos do transporte. Entre 1985 e 2005, o comércio mundial quadruplicou. Sem o comércio internacional, os dispositivos portáteis com capacidade igual aos supercomputadores de uma geração atrás não seriam possíveis, certamente não aos preços notavelmente baixos de hoje.

O que fez do comércio internacional o alvo que ele é atualmente foi a estagnação econômica que se seguiu à crise de 2008. Mas essa desaceleração não foi consequência do comércio internacional, e sim de más políticas governamentais referentes ao dinheiro, aos impostos e aos regulamentos. Veja como os EUA se saíram muito melhor quando os impostos foram cortados no final de 2017 e as regulamentações sufocantes começaram a ser eliminadas.

A única coisa que nos detém agora é a incerteza em torno das disputas comerciais atuais.

Lista FORBES 2019 de restaurantes estrelados em Nova York

Impeachment, política presidencial, tarifas e comércio internacional, Banco Central dos EUA, manifestações em Hong Kong, mulás iranianos malcomportados e mísseis norte-coreanos dominam as manchetes, mas, assim como as ações estão subindo, o mesmo acontece com a qualidade – e a quantidade – dos melhores lugares da Big Apple para comer. Nunca na história da cidade houve tanta criatividade e inovação na gastronomia. Nossa equipe estelar de provadores exigentes – o diretor de conteúdo da Forbes, Randall Lane, o colaborador da Forbes Richard Nalley e a proeminente especialista em mídia Monie Begley, bem como os irmãos Bob, Kip e Tim – revela sua lista dos estabelecimentos onde você pode desfrutar das comidas mais saborosas da cidade.

Forbes

O Shun é onde, fascinantemente, as culinárias francesa e japonesa se unem de maneiras incríveis e imaginativas para criar muitos pratos novos. O Momofuku Ko, troféu de David Chang, é uma das melhores experiências gastronômicas de Nova York. Os clientes se sentam e assistem à equipe culinária executar o cardápio aparentemente infinito com ritmo e fluidez inigualáveis. Por mais que uma pessoa ouça superlativos a respeito do Eleven Madison Park, não há como ela estar preparada para esse acontecimento impressionante. Os clientes alegremente saciados são presenteados com sacolas de brindes – possivelmente para aliviar a dor de estourar seu cartão de crédito. Se ao menos houvesse cinco estrelas…

O culto no Atera, um pequeno altar de grandeza gastronômica, não sai barato. Esse ritual em várias etapas, no entanto, deixa o comensal sublimemente satisfeito, sem ver o tempo passar. O Marea, restaurante italiano de frutos do mar que é a nau-capitânia de Michael White, segue navegando tranquilamente. O veterano quatro estrelas Daniel continua servindo refeições irretocáveis na grande tradição francesa, mas com toques de diversas partes do mundo. O tema do Le Bernardin é oceânico, mas a experiência é celestial. O chefe fundador do Del Posto, restaurante mais suntuoso de Nova York, saiu dois anos atrás, mas, sob o comando de Melissa Rodriguez, a casa continua oferecendo suas maravilhas.

Steve Forbes – Editor-chefe da Forbes

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