segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Bar doce bar: todo mundo tem um favorito e essa é a história do meu

Qual o bar que você, bebedor, mais se sente em casa? Tem gente que mora no mundo e se dá bem em qualquer lugar que tenha apenas o que beber (mesmo que nem seja bom). Não eu. O bar que eu amo nasceu, há quatro anos, e simboliza uma parte enorme da minha vida. O seu te dá essa sensação?

Meu bar nasceu misterioso numa casa da Rua Cunha Gago, em Pinheiros. Na época, eu estava no UOL (ainda farialimer, hoje praticamente um santacecilier/camposelisers) havia quatro meses, trabalhava com moda e beleza, já era sommelier de cerveja, e estuda para mestre em estilos pentelhava meio mundo por “frilas” sobre o tema. Sem sucesso (este blog nasceria somente um ano e tanto depois).

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Foi lá que eu estudei um monte entre os chopes nacionais lindamente tirados e a tentadora geladeira ao lado do balcão. No bar que eu amo passei de curiosa para profissional cervejeira.

O bar que eu amo tem um atendimento zero encheção, mas pronto para os papos mais cabeçudos sobre artesanais. Em quatro anos, quem conhece o mercado sabe que isso é sucesso no meio artesanal e fruto de uma batalha diária de um casal cervejeiro e uma equipe acolhedora.

O bar que eu amo salvou a hora corrida do almoço, abriu em feriados de plantões torturantes e me matou a sede e a fome.

O bar que eu amo tem um papel importante na vida pessoal: foi lá que apresentei Orval para alguém especial. Santo Graal dos “entendidos”, a cerveja é quase um teste para os neófitos das artesanais: lupulagem caprichada (ou seja, amargor) e “bretta” (ou seja, aroma e sabor selvagem) em uma pequena garrafinha a preços salgados, trapista, belga, maravilhosa.

E não foi que o homem apaixonou? (primeiro pela cerveja ou por mim, não importa). E meses depois iniciaria namoro real oficial também por lá e anos depois continua como aquelas coisas cafonas, como “a nossa música”. A gente tem “nosso bar”. Sempre nas mesas próximas às janelonas.

O bar que eu amo me viu gargalhar e chorar e só me deu alegrias em belos copos e taças e tudo no capricho. Nesse ano, em que o aniversário caiu quase na véspera de mais uma virada boa na vida profissional (AGUARDEM!) e o corpo tá mais pra lá do que pra cá, fui apagar as velinhas por lá depois de meses de ausência.

O bar que eu amo comemorou com uma cerveja que é quase uma metáfora: uma New England Pale Ale de 4,5% ABV. Muito sabor para ser feliz “a rodo”, mas sem queimar a largada. Não é hora de embriagar e a Big Sip sabe disso.

Parabéns Âmbar, Julia e Fabio!

Vida longa ao bar que eu amo… L’chaim!

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