Cancela 2020, pessoal. O ano já tão marcado pela tragédia da pandemia contabiliza, também, históricos estragos. Que o diga o cervejeiro e o cancelamento da Oktoberfest.
Faz-se história, sim, já que a festa de mais de 200 anos só havia deixado de acontecer em outras três ocasiões: duas vezes por epidemias de cólera no século 19 e durante a Segunda Guerra Mundial.
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Para chorar as caneconas de chope e as roupas típicas, Siga o Copo bateu um papo com André Guaxupé, que representa a tradicional cervejaria Paulaner no Brasil e que deu algumas dicas para não sofrer tanto com a saudade – e a ansiedade por uma vacina para voltarmos aos biergartens do mundo em segurança.
O sonho Munique
“Nada se compara com a Oktoberfest de Munique”, resume Guaxupé, que conhece bem a festa do outro lado do Atlântico.
E os números não traem essa máxima: todos os anos, os visitantes da festa na capital da Bavária consomem mais de 7 milhões de litros de cerveja, 100 bois, meio milhão de frangos e mais de 140 de salsichas a cada ano.
Lá em abril, o anúncio do cancelamento da edição mais tradicional do festival foi recebido com tristeza e incredulidade pelos alemães.
Não à toa: o evento mobiliza a cidade durante duas semanas e recebe cerca de 6 milhões de pessoas com muita, muita sede. Além disso, a tradição remonta à história da região, e tem origem na realeza, como já contamos aqui no blog lá em 2017.
Órfãos do canecão.com.br
Aqui no Brasil, também não será ano de Oktoberfest. A festa de Blumenau (a maior fora da Alemanha) foi cancelada já em julho, assim como a promovida em São Paulo e a agitada pela Paulaner.
“Sabemos que não somos a maior festa do Brasil, porém buscamos ao máximo, trazer um pedacinho de Munique para os dois dias de festa. Nossa famosa Oktoberfest bier, cerveja sazonal e importada direto da Alemanha, gastronomia alemã, muita música e a famosa abertura dos barris de madeira no palco fazem com que nossa festa seja especial”, relembra.
Para 2021, só cabe esperar o que virá (oi, vacina) e entender todas as necessidades e medidas de segurança para a próxima edição ao vivo e a cores.
A Oktoberfest onde o cervejeiro está
Como você, leitor, está se cuidando e protegendo as pessoas ao seu redor, resta esperar ansiosamente pelo retorno da festa. Mas não precisa ser à seco, nem no tédio.
Diante do isolamento social, medida comprovada para a diminuição do contágio em todo o mundo, a Paulaner foi a primeira marca das principais cervejarias da Oktoberfest e de Munique em criar uma plataforma (em inglês) com o conceito Oktoberfest em casa.
Com playlist no Spotfiy, lives musicais, dicas de petiscos. Vale dar um pulinho e separar o canecão.
Que tascar no canecão?
Em qualquer outra ocasião responderia “o que você quiser”, mas em Oktoberfest vamos aos puristas. Aposte nas tradicionais Märzen, Helles e Weissbier.
E no pratão?
Em 2019 a gente nem sabia o quanto precisaríamos disso, mas vale passar uma boas horinhas na cozinha testando essas receitas listadas por Nossa.
O que botar na televisão?
Netflix! (nossa musa suprema da quarentena). E não para ver “Irmãos Cervejeiros” – você sabe o motivo já -, mas para maratonar a série alemã “Oktoberfest: Sangue e Cerveja”, que estreou na quinta (1).
“Em 1900, o ambicioso cervejeiro Curt Prank recorre a medidas extremas para construir uma tenda de cerveja e dominar a lucrativa Oktoberfest de Munique.” UI!
Tá na pandemia? Abraça o caneco.
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