domingo, 3 de maio de 2020

Degustação virtual parece meio deprê, mas pode elevar o espírito cervejeiro

Saudade de degustar uma cerveja, né, minha filha? Caramba, Dráuzio, eu tô. Ou tava.

Ficar em casa, apesar de urgente, necessário, imprescindível, é um porre, sabemos. E nem todo mundo tem o talento para ser #quarentini – socializar ao vivo já é complicado, com uma tela na frente então… tão natural quanto um “quer tc?”.

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Posto isso, ser convidada pelo pessoal da Interfood para a degustação das novidades da Firestone Walker no Brasil foi uma honra tremenda, um sonho beer geek, mas também motivo de preocupação: “COMO PODE FUNCIONAR UMA DEGUSTAÇÃO VIRTUAL?”.

Para quem nunca foi a um desses eventos, a forma mais eficaz de você analisar comida ou bebida é… comendo ou bebendo. Alguém conduz a ordem da degustação, expõe as informações que interessam e aos convidados só cabe o delicioso trabalho de provar e levar tudo aquilo para leitores, seguidores, alunos…o público a que se destina.

Tá, mas como fazer isso diante de telinhas? Surpreendentemente, se essa sommelière aqui pode dar uma dica de como armar uma degustação em casa já digo: inspire-se numa dessas virtuais.

Como nos encontros ao vivo, a cores e pré-pandemia, degustações podem ser tragicamente estragadas pelo fator “chatice” – que, na minha humildona opinião, é o que sobra nas lives. O papo unilateral ou bilateral, que seja, é o abrigo para muita “aula”, mas pouco do que a gente mais precisa nessa quarentena.

“Tem que tem um som legal, gente legal e… cerveja”

(tira o barata, Júpiter, porque nem sempre é o caso hehe)

Agora, mais do que nunca… amigos, a gente queria mesmo é beber. Beber bem.

“A gente”

Não sei vocês, mas eu sou do time que não usa degustação para “estudar”, nem “avaliar”, mas provar as cervejas em seu habitat natural, com quem debata cerveja (e qualquer outro assunto) com um sorriso no rosto e, claro, um copo na mão.

Que sua turma de degustações virtuais, presenciais e telepáticas, tenha gente que não concorde sobre o tema “NEIPAs vão superar as West Coast IPAs?”, e que não tenha uma favorita unânime – afinal, quem nesse mundo tem paladar “xerocado”?

“Beber bem”

Também não é a mesma coisa para todo mundo. No caso da degustação-inspiração da cervejaria americana, que elenco: uma Helles (Lager), uma Session IPA (Easy Jack), duas IPAS (Luponic Distortion e Union Jack), uma NEIPA (Mind Haze) e uma Wild Ale (West Odnar). Chora, cervejeiro. Se quiser saber mais, corre lá no post do Sandro Macedo, colega de Grupo Folha, amigo do coração.

Beber sozinha poderia ser maior deprê, mas com um elenco desses, bicho. Passou a tristeza “quarentener”

Não pode ou não curte um elenco “das estrelas”? Degusta American Lager, Puro Malte, faz uma com as “melhores do mainstream”! Que tal?

Já tá com os dois pés nas artesanais? Arma um “bottle share” com chopes, latas e garrafas em promoção que pipocam pelos deliverys. (Se só tiver amigo com boca e bolso para as raras e caras, acho um desperdício abrir sozinho e cair bêbado sem curtir as cervejas, mas cada um com seu cada qual).

Qualquer que seja seu gosto e nível de conhecimento cervejeiro, só faz seu círculo cervejeiro feliz ou aprenda a beber sozinho – o que eu achei que amava até perceber que tava morrendo de saudade dos marmanjos das telinhas que se movimentavam durante a degustação.

Fica em casa, bebe em casa e não precisa ser sozinho. Chama o amiguinho, toma a cervejinha, abre o appzinho e saúde! (muita saúde pra gente).

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