Pintou a vontade de fazer uma noite de queijos e vinhos em casa? Aproveite a ocasião para ficar em boa companhia (poucas pessoas, já que estamos em meio a uma pandemia, certo?), curtindo uma boa música e porque não, aprendendo mais sobre o universo dos vinhos.
A verdade é que nem sempre acertamos na harmonização entre queijos, castanhas e vinhos, mas bati um papo com a sommelière Ana Clara Carvalho, sócia proprietária da Dionísia Vinhos, que dá boas dicas de como devemos combinar os itens presentes nas tábuas com as bebidas servidas. Confira:
Brie e camembert
Esses dois redondinhos normalmente estão em todas as tábuas de queijo e, apesar de sempre figurarem com vinhos tintos, combinam melhor com um bom chardonnay jovem, ou um espumante. “São maturados com fungo na superfície, têm interior cremoso e sabor delicado, além de serem cheios de umami. O umami pede vinhos com graduação alcoólica mais baixa para ressaltar a complexidade dos sabores. Seu interior macio busca vinhos com alguma acidez para contrastar com a capa de gordura que envolve a língua e limpar a boca, procure vinhos com a mesma intensidade aromática dos queijos.”, ensina Ana Clara.

Castanhas devem ser harmonizadas com espumantes Unsplash

Cada queijo tem sua harmonização adequada Unsplash

Queijos mais curados como o parmesão e grana padano pedem um chianti Unsplash

O presunto de parma é um bom par para um pinot noir do velho mundo Unsplash

Não abra mão de algum vinho que combine com vários queijos, para isso, prefira os mais discretos Unsplash

A cremosidade da burrata vai ser um bom par para um sauvignon blanc ou verdejo Pixabay

O brie e o camembert costumam ser associados a vinhos tintos, mas não é bem assim Unsplash
Gorgonzola
Outro que normalmente vem associado a tintos potentes, mas não necessariamente esta é a melhor combinação. Esses queijos azuis salgados, inclusive muito usados como sobremesa, harmonizam melhor com um vinho de sobremesa como os colheita tardia. Trata-se de uma harmonização por contraste.
Vinho Tarapaca Late Harvest


Parmesão e grana padano
São queijos muito semelhantes, de cura longa (pode tomar mais de dois anos), com sal persistente e textura quebradiça. Casam muito bem com um tinto como o chianti.
Gruyere
Levemente adocicado e de textura macia e suave, pede vinhos mais alegres. A sommelière recomenda rótulos dos nossos vizinhos: “Prove com Carménère chileno ou um Merlot aromático que conserva as mesmas características do alimento”.
Errazuriz 1870 Carménère


Burrata
O queijo cremoso que é sensação nos bares de vinhos combina perfeitamente com rótulos brancos jovens das castas verdejo ou sauvignon blanc, graças à sua acidez.
Frutas secas e castanhas
Normalmente presentes nas tábuas para dar um contraste, possuem harmonizações muito específicas, então é possível errar. Mas caso faça questão, castanhas são um bom par com espumantes, cavas e proseccos e as frutas secas com um porto Tawny.
Vinho do porto Tawny Poças Junior


Frios
Também presentes nas tábuas, os embutidos são uma boa nesta época. Parma e salame são um bom casal com um suave e aromático pinot noir, embora o sal do parma seja melhor quebrado com um espumante. A acidez dele também auxilia a dar uma quebrada nas moléculas destes embutidos.
Salame Artesanal


Já a potente copa pede algo com acidez mais pronunciada, logo dê preferência a tintos das uvas gamay ou barbara. Já o suave peito de peru vai bem com um alegre sauvignon blanc sul africano até um suave tempranillo.
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