terça-feira, 18 de agosto de 2020

Bahia pode ficar sem azeite de dendê para fazer acarajé

da redação da Menu

Não é só nos EUA que a novo coronavírus está colocando em risco clássicos da gastronomia (no caso, a pizza de pepperoni). Na Bahia, a pandemia está prejudicando a produção do azeite de dendê, ingrediente essencial para preparar o acarajé e outras receitas da culinária local, como a moqueca.

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“Em fevereiro, eu paguei R$ 65 por um balde de 14 litros. Hoje a mesma quantidade está em R$ 160”, disse Rita Maria Ventura dos Santos, presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (Abam), em entrevista ao portal UOL.

Outro problema é a escassez do produto. As prateleiras da Feira de São Joaquim, maior ponto de venda do azeite de dendê em Salvador, estão quase vazias. E não é possível substituir o ingrediente, segundo a receita original. Quem usa óleo tingido com urucum, por exemplo, costuma ser denunciado à Abam.

Além da pandemia, especialistas afirmam que os métodos de produção defasados influenciam na alta do azeite de dendê. Nos últimos quatro anos, houve queda de 37% no volume produzido. Entre os motivos estão falta de crédito e incentivo aos empresários e mão de obra especializada.

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